Levou recordações, levou coisas que eu nunca pensei que era capaz de desaparecer na minha vida.
Por momentos fiquei sem nada na cabeça, à minha frente corria as águas frias do mar, e o som das ondas era a única coisa que encaixava na minha cabeça.
Desejava que as areias finas e cristalinas não se enrolassem em mim, que não levassem mais nada. Pus as mãos à cabeça, para certificar que dali não saíria mais nada... Depois (só depois) reparei que uma imensa gente ficou a minha volta e repetiam: "Sai, sai daí menina!"
Não saí, fiquei lá até que a onda se enrolasse em mim e me levasse com ela, fiquei lá, até ter a perfeita consciência que no lado de fora, ninguem (ou nada) levasse o que eu tinha dentro de mim.
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